segunda-feira, 28 de março de 2011

O Armário dos Homens

Em tempos fui uma fiel leitora da revista Cosmopolitan, um dia porém cansei-me de ler sempre a mesma coisa mas por palavras diferentes e acabei por deixar de comprar.
Um artigo que me recordo, escrito por um homem, falava do armário masculino, dizia ele que os homens (a grande maioria) não sabia vestir-se e acabavam sempre por confiar nas namoradas para escolher a roupa. Dizia ele que deste modo, o armário de um homem acabava por ser a soma das namoradas que estavam para atrás e à medida que os anos avançavam melhorava bastante.
às vezes gosto de pensar que a dita crónica era uma espécie de metáfora para falar de amores que não deram certo, principalmente aqueles que deixaram a sua marca. Penso que todos nós chegados a uma determinada idade, já não somos só nós, somos nós mais aqueles que passaram na nossa vida, quer sejam amores ou amigos, fomos aprendendo, fomos evoluindo e chegados aqui temos mais para oferecer a quem só conhecemos agora. Claro que se isto tem um lado positivo, tem com certeza um negativo, existem muitas vezes mazelas, feridas que sabemos que nunca iremos fechar, dificuldades que tememos não conseguir ultrapassar e muitas vezes quem chega agora a este nosso coração sofre com este lado negro ou lado lunar como lhe chamaria o Rui Veloso. Acabamos por só mostrar o lado negro e consequentemente, esse alguém acaba por pagar as consequências de termos mazelas no coração, por isso é importante fazer um esforço e voltar a arriscar o coração. Afinal não o queremos só para enviar o sangue para o resto do corpo, pois não?

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois não.

Eu pelo sim, pelo não, não mostro marcas demasiado visiveis de antigos relacionamentos. Apenas guardo coisas simbólicas tipo cartas ou até uma ou outra foto. Quanto à roupa sempre tive o meu estilo, e por acaso sempre foi algo que não gostei que me oferecessem, especialmente da parte da minha mãe (apesar dela acertar sempre no numero :)

Acredito que somos a soma de várias pessoas que nos passaram pela vida mas que isso não marca a nossa imagem ou aspecto, pelo menos exterior.